1.5.18

minha faixa laranja em yoga chinesa,
o livro do victor heringer que chegou ao fim,
os textões de facebook.

não me levaram até a praça xv, em março.
embora tudo tenha conspirado para isso,
para que se me entrenhassem as coisas.

no cartaz la beauté est dans la rue,
sempre enxerguei um livro como arma.
ontem descobri que na verdade é um paralelepípedo.

é dia primeiro de maio, e a vez das pedras.

tenho medo de cair de bicicleta na rua, e bater a cabeça em uma.
faz dois anos que não uso meu capacete.
dois anos que mudaram muito.
para os outros já fazem séculos.
eu gostaria de ser salva por coisas gratuitas.

acentuadas as dúvidas, a angústia,
do tempo-abismo sem freio.
antes de desaparecer, eu presto atenção.

transformar a queda livre em potência de criação.


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